História Ilustrada - Volkswagen Parati Surf
Enquanto o Gol estava em sua segunda geração, a Parati se despedia em grande estilo com a série especial Surf de 1995.
Quando a Volkswagen lançou o Gol em 1980, as vendas patinaram, o motor boxer 1300 emprestado do Fusca montado na dianteira, não condiziam com as linhas modernas do carro, o desempenho era um dos seus pontos fracos, junto ao ruído excessivo do motor. Um ano depois, a aodoção do motor 1600 amenizava os problemas de desempenho, porém, foi o crescimento da família BX que salvaria o Gol do Fracasso.
O lançamento do sedan Voyage em 1981, trazia muito mais do que seus pouco mais de 4 metros de comprimento, embaixo do capô estava a grande novidade, no lugar do motor arrefecido a ar, o 1,5 litro do Passat. Outra mudança estava na suspensão traseira, o eixo rígido do Gol com perfil em "I", dava lugar ao eixo de torção com perfil em "V", o que conferia mais conforto e melhorava sensivelmente a estabilidade em curvas.Propaganda de 1982, coluna central larga e amplo vidro lateral que remete às clássicas Shooting Breaks. Imagem:amazonaws.com.
A Parati chegava ao mercado em junho de 1982, seu nome foi dado em homenagem à cidade histórica do Rio de Janeiro. A perua tinha um estilo jovem e esportivo, principalmente quando comparada com a Fiat Panorama e Chvette Marajó. Com o mesmo comprimento do Voyage, os destaques ficam por conta do vidro traseiro inclinado, coluna central larga e o amplo vidro lateral sem coluna, remete inclusive ao estilo das shooting breaks clássicas.
Em 1995, a Parati estava em seu segundo facelift, que aconteceu em toda família BX no ano de 1991. Para-choques envolventes eram itens utilizados desde a linha 87, o conjunto ótico dianteiro era ainda um trapezoidal, porém arredondado, e não havia a antiga distinção de faróis menores para o Gol. No mesmo ano de 95, o Gol já havia abandonado a plataforma BX, adotando a AB9, a Parati seguiria a mesma evolução no ano seguinte.Novo emblema estilizado na traseira identificam a versão, o "1.8" seguia o padrão do restante da linha. Imagem: turboclass.com.br.
No ano de sua despedida, a Parati contava com a série especial Surf. Disponível apenas na cor Azul Havaí metálico, o modelo contava com pequenas faixas sobre o vinco das laterais traseiras que remetiam ao mar, em tons de azul e branco, com a inscrição surf em amarelo. Na traseira, no lugar do tradicional emblema Parati em prata e preto, um emblema de resina estilizado identificava a versão. Outras mudanças no exterior ficavam por conta dos faróis de longo alcance na parte superior do para-choque dianteiro, embora muitos exemplares contem com faróis de neblina, o item não era de série na versão. As rodas de liga-leve em 14 polegadas vinham do Santana. O rack de teto longitudinal também faziam parte do pacote.Mesmo painel da versão básica, porém com quadro de instrumentos completo, volante de Santana e manopla de câmbio da linha GTS/GTi. Imagem:turboclass.com.br.
A Parati Surf era bem equipada também no interior, apesar de manter a simplicidade comum a linha BX, nem mesmo o painel satélite do GTS/GTi era adotado na versão, porém, a Surf contava com painel completo, com conta-giros e relógio digital, o volante também era emprestado do Santana, a manopla de câmbio vinha das versões esportivas do Gol. O modelo era equipado ainda com direção-hidráulica, toca-fitas Volksline e ar-condicionado eram opcionais.O motor era o já veterano AP 1.8 carburado. Imagem: armazemdovovo.com.br
Na mecânica, o já veterano e consagrado AP de 1800 cm³ cumpria o papel de mover a Surf. Ainda alimentado por carburador de corpo duplo, o rendimento era de 96 cv a 5200 rpm e torque máximo de 15,2 kgfm a 3400 rpm, uma parte da potência era sacrificada em razão do catalizador, que já era exigido no controle de emissões na época. Pesando 985 kg, a Parati Surf levava 11,3 segundos da imobilidade aos 100 km/h e contava com a velocidade máxima de 169 km/h, não eram números digno de um esportivo, mas bons para um carro familiar na época. Ainda hoje a Parati Surf é objeto de desejo, seja original ou preparada, um dos representantes da bem sucedida linha BX, que junto ao Santana foram sucesso de venda da Volkswagen nas décadas de 80 e 90.
Quando eu era mais novo, eu queria demais andar nessa Parati, mas no porta-malas dela Hahahahaha
ResponderExcluirEssa ai consegui realizar, por alguns meses meu pai teve uma Parati que devia ser 85 ou 86, e foi junto meu irmão e alguns primos hahahaha
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