Gol GTI e o último visual do quadrado.


  Apresentado no Salão do Automóvel de 1990, no ano seguinte o Gol estreava sua última reformulação estética na primeira geração, as mudanças ficavam restritas a dianteira do carro que trazia formas mais arredondadas e grade do radiador mais simples, sem as molduras nos faróis do modelo anterior, na traseira a mudança atualmente gera polêmica, a tampa do bagageiro perdia os vincos bem marcados e profundos, ficando totalmente lisa, uma tentativa de modernizar o projeto que já demonstrava sinais da idade, nessa altura o Gol já estava há 10 anos no mercado com a mesma carroceria que receberá pequenas modificações ao longo da década.
Gol GTS 1991, rodas Orbitais opcionais e traseira com a tampa do porta-malas sem os vincos profundos.
  Voltamos ao GTI, lançado em 1988, foi o primeiro carro comercializado no Brasil com injeção eletrônica, no primeiro ano foi uma série limitada em 2000 unidades, todas na cor Azul Mônaco, além dos adereços que foram citados na postagem anterior, o GTI trazia na motorização o seu maior atrativo, o motor era um AP de 2 litros, como dizia-se na época AP 2000. Basicamente o mesmo motor utilizado pelo Santana caso não fosse seu sistema de alimentação, a Bosch LE-Jetronic de gerenciamento analógico e ignição mapeada EZ-K, o comportamento do carro era diferente de tudo que o brasileiro podia dirigir na época, funcionamento suave, respostas mais rápidas e o ausência do afogador, o motor gerava 112 cv de potência e tinha torque de 17,5 kgf.m de torque, além disso, vinha equipado com disco de freio dianteiro ventilado, algo que fazia falta ao GTS, o motor do GTI permitia que ele concorresse com carros de projeto mais moderno como o Kadett GS. Apesar da novidade do sistema de injeção, ele era usado na Alemanha desde 1979 no Golf GTI. No carro brasileiro houveram modelos que paravam sem motivo, levados a oficina funcionavam de maneira norma, tal problema foi solucionado após o aprimoramento da blindagem eletromagnética da central de comando.
Sistema de injeção Bosch LE Jetronic, processamento analógico, usada no Golf GTI desde 1979, estreou no Gol em 1988.
  Ainda focando nos esportivos, tanto GTS quanto GTI eram equipados agora com rodas raiadas de 14 polegadas, iguais as utilizadas no Santana EX e Voyage Sport, ou o comprador poderia optar pelas Orbitais (Futura), as mesmas vistas no Salão de 1990 no conceito Orbit. Em março de 1992, uma novidade na gama de motores do modelo, surgia o Gol 1000 em resposta ao Fiat Uno Mille, era na verdade um motor CHT com cilindrada reduzida, rendia 50 cv e 7,3 kgf.m, apesar da pouca potência e do baixo torque, o motor tinha um funcionamento incrivelmente suave e subia de giro com muita facilidade. O acabamento era simplificado, não havia ar-quente, desembaçador traseiro e nem mesmo retrovisor do lado direito, as rodas de aço de 13 polegadas vinham calçadas com pneus 145/80 . Pesando 890 kg, a aceleração de 0 a 100 km/h era feita em 20 segundo e a velocidade máxima do popular era 137 km/h, o consumo era de 10,9 km/l no percurso urbano e 14 km/l no rodoviário, o Gol 1000 era disponibilizado apenas na versão a gasolina.
Gol 1000, simplicidade extrema, ausência do retrovisor direito e adesivos identificavam a versão.
  Em 1993, o motor 1.6 retorna a ser oferecido para o Gol, os para-choques de toda linha passavam a ser na cor cinza, as versões mais luxuosas ganham a opção de direção com assistência hidráulica, item de série no GTI, um equipamento que realmente fazia falta há muito tempo, no mesmo ano era adotado o carburador de controle eletrônico nos motores 1.8, item que logo se tornou fonte de problemas. Foram essas as últimas mudanças do Gol de primeira geração, o popularmente conhecido quadrado, no final de 1994, seria apresentado o novo Gol com linhas mais arredondadas, porém até 1995, era possível comprar a versão antiga na versão 1000 ainda com carburador.

A partir de 1993, para-choques cinzas em toda linha, na foto um GL.

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