Toyota Supra


  Em 1979 o Supra era lançado como a versão mais refinada do Toyota Celica e inaugurou o uso de injeção eletrônica nos motores da montadora japonesa, o seu estilo era caracterizado por sua dianteira longa e baixa, seguindo o estilo da época e, pela traseira de perfil fastback. Na frente ainda vinham os faróis retangulares duplos separados por uma grade que remetia ao 2000 GT de 1967. Apesar de compartilhar o nome, o Supra da coluna central para trás era totalmente diferente da versão comum do Celica além de ser 13 cm mais comprido totalizando 4,61 metros de comprimento
  A segunda geração do Celica Supra de 1982 mantinha o estilo fastback, na dianteira uma das alterações mais impactantes era o seu conjunto ótico agora escamoteáveis aliado a uma seção dianteira mais baixa o que lhe conferia um ar mais requintado, logo abaixo havia um acabamento em plástico preto no discreto para-choque onde ficavam alojadas as luzes de direção e os faróis de neblina. 
  Em 1986 finalmente o Supra ganhava sua independência deixando de ser uma versão do Celica e nenhuma de suas linhas lembravam o irmão da marca. O Supra ganhava linhas mais modernas além de uma carroceria mais longa e mais larga, os faróis seguiam escamoteáveis, o vidro traseiro avançava pela lateral sendo quase que envolvente. O Supra trazia um motor de 3,0 litro de seis cilindros em linha, duplo comando de válvulas e uma novidade, o turbo, esse motor rendia 235 cv de potência e torque máximo de 33 kgf.m com apenas 0,35 bar de pressão, era disponibilizada ainda a versão aspirada de 202 cv e 27 kgf.m de torque, no mercado japonês existia ainda 2 opções bi-turbo, um 2.0 de 212 cv e um 2.5 que rendia 280 cv conhecido como 2.5 GT Twin Turbo.
  No ano de 1993 o Supra passou por uma extensa modificação, totalmente renovado as linhas ficavam mais curvas, a dianteira ganhava um desenho muito agressivo, os faróis passavam a ser convencionais com dimensões avantajadas, o para-choque com sua grande tomada de ar central o carro era totalmente intimidador. A linha do teto curva mostra uma caída suave em direção a traseira onde um enorme aerofólio chamava muita a atenção junto as lanternas com quatro elementos internos circulares. Os motores permaneciam os mesmos com destaque para o 2JZ 3.0 bi-turbo, no caso desse motor em específico as turbinas trabalham de forma sequência, a primeira turbina garantia o enchimento do motor até as 4000 rpm onde começa a trabalhar em conjunto com a segunda, essa configuração praticamente eliminava o turbo-lag, fazendo com que a potência fosse sentida em toda faixa de trabalho do motor, no caso desse motor a potência era de 324 cv e 43,5 kgf.m de torque nos carros vendidos no mercado mundial, na versão japonesa havia limitação de potência produzindo 280 cv. O Supra era um verdadeiro esportivo em sua ultima geração podendo alcançar a velocidade máxima de 290 km/h, mas era limita eletronicamente a 180 km/h no Japão e 250 km/h nos demais mercados.
  Pequenas modificações estéticas como rodas e lanternas chegavam em 1997, mas algumas mudanças mecânicas que traziam uma verdadeira melhora, os comandos de válvulas passavam a ser equipados com o sistema VVTI de variação de válvulas nas versões de aspiração natural, nessa altura foi uma boa noticia para o mercado norte americano, vários estados dos EUA não disponibilizavam a versão bi-turbo por suas normas ambientais, com o passar dos anos as seguradoras aumentaram o valor das apólices para veículos esportivos e as vendas passaram a minguar cada vez mais, no Canadá o Supra deixou de ser disponibilizado em 1995, 1998 nos Estados Unidos e por fim em 2002 o Supra deixava de ser oferecido no Japão, encerrando sua produção, desde então a Toyota não apresentou um substituto para o Supra, um carro admirado por suas qualidades originais e cobiçado por sua capacidade de ultrapassar facilmente a barreira dos 1000 hp quando preparado, simplesmente uma lenda.

Comentários

  1. Ainda bem que não fizeram um substituto e nem redesenharam o Supra , esse carro realmente é uma lenda , e que permaneça assim !

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    1. Depende, se fizer igual a Honda esta fazendo com o NSX não seria uma má ideia, mas como o novo NSX nunca vai ser original, concordo que um novo Supra jamais sera um Supra.

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