História Ilustrada - Honda Civic (1ª geração)

Em 1972 chegava ao mercado o Honda Civic, seus maiores trunfos estavam na racionalidade do projeto, leve compacto, econômico e com baixa emissão de poluentes, não abria mão de um bom desempenho.

No último mês de abril, a Honda apresentou a 11ª geração do Civic, modelo que completa 50 anos em 2022. O Civic chegou oficialmente ao Brasil em sua quinta geração via importação oficial em 1991, bem sucedido em vendas, passou a ser fabricado em Sumaré, interior de São Paulo, na geração seguinte, mais precisamente na linha 1996-97. Mas as primeiras gerações são pouco conhecidas por aqui.

Motor transversal, tração dianteira e suspensão independente nas 4 rodas. Imagem:conceptbunny.com

Em sua primeira geração o Civic era muito diferente do carro que conhecemos, com apenas 3,55 metros de comprimentos e 2,20 de entre eixos, o Civic era contido inclusive na medida das rodas de apenas 12 polegadas. Sob o capô, um motor montado em posição transversal de apenas 1,2 litro que rendia 60 cv no modelo destinado ao mercado japonês, na versão americana a potência era reduzida em 10 cv, que eram mais do que suficientes para mover um carro que pesava de 600 kg a 650 kg. Na transmissão era dotada uma caixa de marchas manual de 4 marchas, e como opcional uma automática de apenas 2 velocidades.

Em 1974, chegava a versão 4 portas. Imagem:wikimedia.org

A linha 1974, trazia como novidade a versão 4 portas e na versão americana para-choques com absorvedores de impacto, maiores, deixam o carro com um design mais carregado. As novidades chegavam também à mecânica, o motor recebia incremento de cilindrada, passando a 1,25 litro que entregava 52 cv, além do novo 1.5 de 63 cv. No ano seguinte, a novidade ficava por conta de um novo cabeçote, o CVCC (Controlled Vortex Combustion Chamber, em bom português câmara de combustão de turbilhonamento controlado). O novo desenho do cabeçote tornava o Civic menos poluente, uma vez que a mistura ar-combustível era melhorada, inclusive dispensando o uso de catalisador. O CVCC permitiu ainda a comercialização do carro na Califórnia, que à época já contava com leis de emissões mais restritivas.

Na versão americana, para-choques com absorvedores de impacto pesavam no visual a partir de 1974. Imagem:planetcarsz.com

Ainda em 1975, uma nova transmissão de 5 marchas passa a equipar Civic, era lançada também a versão esportiva RS no mercado japonês, embora utilizasse o motor de 1,2 litro, contava com 2 carburadores que elevavam a potência para 76 cv. As opções de carroceria também era ampliada com a perua Civic, medindo 4,06 metros de comprimento, o entre eixos também era ligeiramente maior com 2,28 metros. Se a perua ganhava espaço, perdia em conforto, a suspensão traseira independente dava lugar ao eixo rígido e molas semielípticas.

No mercado japonês a versão RS equipada com motor 1.2 com 2 carburadores que rendia 76 cv. Imagem: favcars.com.

Tanto nas versões hatch quanto na perua, o estilo era o mesmo, faróis circulares, design com linhas simples e elegantes, aliás, a perua parecia um hatch de quatro portas alongado. Desde sua primeira geração o Civic se destacava pelo bom nível de equipamento, contando com itens como bancos dianteiros reclináveis, freio a disco na dianteira e até ar-condicionado como item opcional. Um charme a mais, apesar de não ser muito amigável nas manutenções era o capô com abertura invertida.

A perua ganha espaço, mas abria mão da suspensão traseira independente. Imagem: oldparkedcars.com

Na dinâmica um comportamento elogiado, um carro de tração dianteira estável e com bom nível de aderência. O motor apesar de ter o máximo da potência e do torque em altas rotações, subia de giro rápido e com muita suavidade, conferindo ao Civic agilidade, além de ser pouco poluente, outra vantagem era o consumo de combustível que obtinha a boa média de 16,5 km/l. O Honda Civic iniciava assim sua história de sucesso baseada na confiabilidade, esportividade e economia, a segunda geração chegaria ao mercado em 1978, mais precisamente no mês de junho.