Muito antes de chegar ao Brasil o Escort já fazia parte do mercado Europeu. Em meados da década de 1960, a Ford precisava de um substituto para o seu compacto inglês, o Anglia, a Inglaterra sempre foi um forte mercado para a marca do oval azul, então na época as filiais inglesa e alemã, até então totalmente independentes, juntaram esforços para produzir um carro em comum. Em novembro de 1967, inicia-se a produção nas fábricas de Halewood em solo britânico e Colônia na Alemanha, em janeiro do ano seguinte o Escort era lançado, trazendo estilo arredondado, faróis redondos nas versões mais simples e retangulares nas superiores.
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Escort 1968, faróis retangulares das versões mais requintadas. |
Uma grande diferença em relação ao Escort conhecido no Brasil, esta na configuração do carro que contava com tração traseira, o câmbio contava com 4 velocidades e podia ser acoplado a motores 1,1 litro que rendia 45 cv e 1,3 litro de 52 cv. Esse motor era o já veterano Kent, que contava com comando no bloco e fluxo cruzado, esse motor mais tarde daria origem ao motor Endura que equipou Fiesta e Ka no Brasil. Na versão GT o motor 1.3 passava a desenvolver 64 cv e contava com freios a disco na dianteira. Uma inovação para a Ford com o Escort era a direção com sistema de pinhão e cremalheira, o primeiro carro da marca a utilizar o sistema. A suspensão contava com McPherson na dianteira e eixo rígido com molas semi-elípticas na traseira.
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Escort 1600 GT, as faixas lembravam as do nosso Corcel GT. |
Com o sucesso da Mini nas pistas, a Ford contava apenas com o Cortina preparado pela Lotus com motor 1.6 e cabeçote com duplo comando de válvulas, então surgiu com esse mesmo motor o Escort Twin Cam, esse motor inaugurou uma história de sucesso do modelo em competições. Em 1968, Roger Clark vencia o Rali Internacional da Irlanda a bordo do Escort.
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Escort 1600 Twin Cam, campeão do Rally Internacional da Irlanda de 1968 pilotado por Roger Clark. |
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Escort Mexico, equipado com motor Kent 1.6, era o esportivo acessível. |
Em 1969, chegavam as versões de quatro portas, perua de três portas e o furgão, chegava ao mercado também os esportivos RS 1600 e Mexico , o RS inaugurava a sigla Rally Sport que acompanha as versões esportivas da Ford até os dias de hoje. Equipado com o motor Cosworth de 1,6 litro e 16 válvulas, desenvolvia 120 cv a 6500 rpm, as versões de competição recebiam motores de até 2 litros. O Mexico era uma homenagem à vitória no Rally Londres-México, o modelo vinha com o motor com comando no bloco e 8 válvulas, fazendo o esportivo de preço acessível. A primeira geração do Escort foi um sucesso, em 1971, ele completava a marca de 1 milhão de unidades e, em julho de 1973, ganhou a versão RS 2000 e no começo de 1975, ele abria caminho para a segunda geração do Escort que também não tivemos no Brasil, mas isso fica para outra postagem.
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Escort RS 2000, suas belas faixas denunciavam uma verdadeira alma esportiva. |
Já havia visto foto do motor do Ford Escort mk1 da decada de 60 e achei parecido com o motor Endura do Ford Fiesta importado. Achei muito boa a reportagem revelando que o Endura é uma evolução do motor Kent da Ford ótima a qualidade dos artigos publicados são alramente esclarecedores. Parabens.!!!!!.
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